Você, sem dúvida alguma, já ouviu falar desta, a primogênita e uma das animações mais bem sucedidas dos estúdios Disney & Pixar, que muito aguardado por espectadores de todas as idades, finalmente chegou às telonas nesta sexta-feira, 18 de junho, encerrando a série "Toy Story": "Toy Story 3".
Aviso previamente que este texto pode conter spoilers.
Para início de conversa, deixo registrado aqui que eu NÃO gosto – ou ao menos não gostava – de Toy Story. Exatamente. Carrego comigo essa aversão à série desde a infância, e o pior de tudo é que juro não saber exatamente o porquê. A única certeza que tenho é que o fato de eu não gostar do Buzz Lightyear teve grande influência nessa história. Eu o achava exibicionista demais, antipático demais, idiota demais. Hoje vejo que estava completamente enganada. Ou quase completamente, porque é exatamente esse comportamento que a personagem apresenta no início do 1º filme – o que me faz levantar a hipótese de que eu não cheguei a assisti-lo por completo e sequer cheguei perto do 2º.
Se o mesmo aconteceu contigo, se você nunca assistiu aos primeiros filmes da série, nada disso importa: "Toy Story 3" é tão bem feito que poderia tranquilamente ser guiado como uma produção independente.
Apesar de a trama girar em torno de brinquedos falantes que tentam fugir de uma creche liderada pela gangue de um ursinho cor-de-rosa, em nenhum momento a história soa infantil demais ou subestima os telespectadores. Contrariando toda essa premissa infantilizada, a película é um misto de comédia, ação e suspense, com leves toques de drama, como na cena em que os brinquedos estão prestes a ser incinerados, mas unem-se dando as mãos, aceitando assim o seu fim, o que também chama atenção para o forte elo de amizade que liga a todos - e que se faz intensificar a medida em que a música "You've got a friend in me" toca ao longo do filme, apresentando de forma suave e sincera a relação criança/brinquedo.
E, finalmente, toda a carga emocional embutida ali é indescritível. Você aí, que tem por volta de 17/18/19 anos de idade sabe exatamente do que eu estou falando. A possibilidade de Andy ter que jogar os seus brinquedos no lixo, colocá-los no sótão, ou simplesmente levá-los consigo para a universidade, coincide exatamente com a época em que nós, fãs da série desde o início, somos obrigados a dar um adeus definitivo a nossa infância e começar a traçar nossos caminhos por nós mesmos. Tudo isso junto de uma boa trilha sonora ao fundo foi suficiente para arrancar lágrimas e aplausos dos espectadores que acompanharam o filme na mesma sessão que a minha.
Portanto, essa, sem dúvida, é a melhor animação que eu assisti neste ano. Hoje posso sinceramente erguer a cabeça para dizer que sou fã devota de todas as animações da Disney & Pixar. E mais, arrisco em dizer que foi um dos desfechos de série mais dignos a que tive o prazer de assistir. Não tem como não dar 10.
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